Choques recentes no sistema bancário envolvem novos desafios, diz FSB | Finanças

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Em carta enviada aos países do G-20 antes das reuniões do FMI e do Banco Mundial, o presidente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), Klaas Knot, afirma que os choques recentes nos sistemas bancários dos Estados Unidos e da Europa envolvem novos desafios e que as autoridades precisam permanecer vigilantes.

“Os eventos recentes puseram à prova as reformas financeiras do G-20 que se seguiram à crise financeira global de 2008. O sistema financeiro global está muito melhor posicionado para absorver choques adversos como resultado dessas reformas, que incluíram aumentos consideráveis nos níveis de capital dos bancos e liquidez, uma estrutura internacional para resolver eficazmente as instituições em situação de insolvência e reforçada cooperação regulamentar e de supervisão transfronteiriça”, afirma.

“Sem essas reformas, o estresse enfrentado por bancos individuais poderia ter levado a um contágio mais amplo dentro do setor financeiro. Mas todo teste de resiliência financeira envolve novos desafios”, diz Knot.

Sem mencionar especificamente os casos do Silicon Valley Bank (SVB) e Credit Suisse, o presidente do FSB comenta que os eventos recentes vieram de dentro do sistema financeiro — diferentemente de outros choques nos últimos anos — e que por isso mesmo a necessidade de aprender lições com esses casos é ainda maior.

O FSB diz que tem alertado sobre fragilidade no sistema bancário, como níveis elevados de endividamento, modelos de negócio baseados na presunção de juros baixos e estáveis, valuations esticados e a combinação de descasamentos de alavancagem e liquidez na intermediação financeira não bancária.

“Cada uma dessas vulnerabilidades é sensível a um aperto das condições financeiras e desaceleração da atividade econômica.”

Para Knot, os eventos recentes mostram que as autoridades não podem ser complacentes e por isso o FSB está trabalhando com o Comitê de Basileia sobre Supervisão Bancária e outros órgãos internacionais para analisar de maneira aprofundada esses casos e estabelecer prioridades para regulamentações futuras. Segundo ele, a implementação integral, no prazo e consistente dos padrões financeiros internacionais é essencial para impulsionar a estabilidade.

“Em momentos como este, o papel do FSB na avaliação de vulnerabilidades financeiras globais e coordenação do desenvolvimento e implementação de padrões financeiros internacionais e, de forma mais geral, como um canal para compartilhamento de informações e coordenação regulatória, é crucial”, escreve Knot.

Segundo ele, ainda que eventualmente haja alguma reordenação de prioridades, temas importantes já estabelecidos pelo FSB, como cripto ativos, mudança climática, instituições financeiras não bancárias e o fortalecimento de pagamentos internacionais, continuam sendo essenciais.

Um ponto salientado por Knot é a ameaça cibernética, que continua a se expandir de maneira rápida, em meio ao forte processo de digitalização da economia global nos últimos anos.

Ele avalia que lidar com o risco cibernético requer ter informações oportunas e precisas para resposta e recuperação eficaz em caso de incidentes e para promoção da estabilidade financeira.

“Estabelecer um maior grau de convergência no reporte de incidentes cibernéticos entre as autoridades financeiras facilitará a troca de informações em pontos críticos e promoverá maior eficiência dos requisitos de relatórios de incidentes cibernéticos para instituições financeiras globais ativas.”

Para apoiar esse objetivos, o FSB submeteu dois relatórios em preparação para a reunião do G-20. Um deles traz justamente recomendações para alcançar maior convergência em reportes sobre incidentes cibernéticos, e o outro é uma nota conceitual para um formato para troca de relatórios de incidentes (FIRE, na sigla em inglês).

Klaas Knot, presidente do Banco Central da Holanda e presidente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) — Foto: Jasper Juinen/Bloomberg

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