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Na esteira dos números de inflação de março mais comportados que o esperado pelo mercado, os juros futuros se ajustam em queda ao longo de toda a estrutura a termo da curva na manhã desta terça-feira. O movimento mais intenso se dá nos trechos curtos e intermediários da curva, que são mais sensíveis à política monetária, na medida em que o alívio no IPCA de março leva o mercado a voltar a embutir nos preços uma antecipação no ciclo de flexibilização da Selic pelo Banco Central.
Por volta de 10h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 recuava de 13,225% no ajuste anterior para 13,145%; a do DI para janeiro de 2025 caía de 11,99% para 11,845%; a do contrato para janeiro de 2026 cedia de 11,86% para 11,715%; e a do DI para janeiro de 2027 passava de 11,98% para 11,85%.
O resultado abaixo do esperado do IPCA de março volta a animar o mercado de juros e dá aval a uma retomada das posições aplicadas em juros ao longo da curva, especialmente nos vértices cuja sensibilidade à política monetária é maior. “O IPCA de março trouxe uma mensagem positiva generalizada, apesar de não mudar nossa visão de que o BC iniciará o ciclo de flexibilização monetária no terceiro trimestre. Reconhecemos que os núcleos e os serviços apresentaram bons resultados recentemente, mas ainda estão bem acima da meta de inflação”, dizem os economistas da XP em nota.
A XP, no momento, continua a esperar que a inflação encerre o ano em 6,2% e que chegue ao fim de 2024 em 5%, em um cenário que considera a hipótese de que a meta de inflação seja elevada para 4,5% a partir de 2024. Além disso, a expectativa dos economistas da XP é de que a autoridade monetária buscará a convergência da inflação para a meta até 2025.
A queda firme do dólar, que continua próximo do nível simbólico de R$ 5, também exerce pressão baixista sobre as taxas futuras, ao mesmo tempo em que, no exterior, a sessão desta terça-feira também é marcada por uma queda nos rendimentos dos Treasuries. Vale apontar, ainda, que, mesmo com uma queda firme nos juros longos, a ponta curta e o “miolo” da curva se sobressaem, no momento em que os agentes aguardam, ainda, mais informações sobre o leilão semanal de NTN-Bs, após o Tesouro ter feito, na semana passada, emissões expressivas de títulos públicos.
— Foto: Karolina Grabowska/Pexels
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