Dívida, juros e riscos EUA-China em foco na reunião do FMI | Mundo

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Investidores centram as atenções nos principais ministros das Finanças e bancos centrais do mundo reunidos esta semana em Washington, em busca de novas pistas para o cenário das taxas de juros, estabilidade bancária, alívio da dívida, preços do petróleo, a difícil relação EUA-China, entre outros temas.

Os maiores bancos centrais, incluindo o Federal Reserve e o Banco Central Europeu, sinalizaram que reduzir a inflação ainda é a prioridade número 1, apesar dos problemas do setor bancário no mês passado, que aumentaram o espectro de riscos econômicos mais amplos.

As chamadas Reuniões de Primavera organizadas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, que ocorrem entre 10 e 16 de abril, também contarão com uma série de encontros paralelos, como entre os ministros das Finanças do G20. O grupo enfrenta outra tentativa controversa de elaborar uma declaração conjunta sobre seu prognóstico para a economia global, depois do fracasso em fevereiro devido a disputas sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Problemas bancários transfronteiriços e um cenário econômico em deterioração já haviam levado a uma maior cooperação nessas reuniões. Mas a “fragmentação” agora está na ordem do dia, um risco importante que a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, alertou na semana passada, quando fez uma previsão global sombria. Não está claro se a semana apresentará algum tête-à-tête entre as principais autoridades dos EUA e da China em meio ao estremecimento de sua relação bilateral.

“A questão fundamental é como o FMI e o Banco Mundial podem operar de forma eficaz se as duas maiores economias do mundo realmente não querem trabalhar juntas”, disse Josh Lipsky, ex-conselheiro do FMI que agora é diretor sênior do Atlantic Council.

O FMI divulga seu “World Economic Outlook” na manhã de terça-feira, com previsões revisadas para o crescimento global, e coorganiza uma mesa redonda sobre dívida na quarta-feira. O G20 encerra suas reuniões na quinta-feira. Confira o resumo de alguns dos principais problemas em foco esta semana:

A leitura errada da inflação em 2021 pelo Fed, BCE e outros bancos centrais continua a reverberar. O Silicon Valley Bank faliu no mês passado depois que seus títulos se depreciaram na esteira de aumentos agressivos dos juros nos EUA para frear os preços ao consumidor, um colapso que desencadeou problemas bancários mais amplos.

No mês passado, o banco central da China disse que o incidente do SVB mostra os riscos de um rápido aperto monetário. E a Índia está entre os insatisfeitos com a forma como os países avançados lidaram com o desafio da inflação. Sanjeev Sanyal, consultor econômico do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pediu no mês passado aos EUA e à zona do euro que adiem mais aumentos dos juros após os problemas do setor bancário e criticou as nações desenvolvidas por estímulos fiscais excessivos durante a pandemia.

A decisão surpresa recente da Arábia Saudita, Rússia e outros membros da Opep+ para reduzir a produção em mais de 1 milhão de barris por dia chocou os mercados e autoridades. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, chamou a medida de “não construtiva”, mas alguns de seus colegas nos principais países produtores verão que isso ajudará a fortalecer seus balanços, já que o crescimento econômico global deve enfraquecer. Na sexta-feira, as cotações do petróleo fecharam com o terceiro ganho semanal consecutivo após o corte inesperado da oferta

Nas últimas semanas, o FMI aprovou resgates para várias economias em dificuldades, como US$ 15,6 bilhões para a Ucrânia – o primeiro empréstimo a uma nação em guerra – e US$ 3 bilhões para o Sri Lanka. Enquanto isso, outras nações com problemas de endividamento, entre elas a Zâmbia, buscam com dificuldade negociar reestruturações com credores. A China pressiona para reprogramar os pagamentos em vez de assumir perdas e pede aos bancos multilaterais de desenvolvimento que aceitem cortes no valor.

Após a surpreendente decisão liderada pelos EUA de congelar o acesso da Rússia às reservas de seu banco central, vários mercados emergentes levantaram questões sobre uma forte dependência do dólar no comércio e nas finanças transfronteiriças. Embora autoridades americanas vejam pouco risco para o domínio do dólar no sistema financeiro global, várias medidas em andamento visam aumentar o uso de outras moedas.

Uma dessas iniciativas partiu da Índia no mês passado, quando o país ofereceu sua própria moeda como alternativa de comércio a nações que enfrentam escassez de dólares.

As reuniões de Washington também podem trazer novidades sobre as moedas digitais dos bancos centrais e opiniões de autoridades sobre os problemas no universo das criptomoedas.

Logo do Fundo Monetário Internacional (FMI) — Foto: Andrew Harnik/AP

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