IBP diz que mistura de biodiesel deve ser acompanhada de revisão das especificações do combustível | Brasil


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O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), principal entidade do setor, declarou que a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), aprovada na sexta-feira, a qual determina que a elevação da mistura do biodiesel ao diesel fóssil passará de 10% para 12%, deve vir acompanhada da “revisão urgente das especificações atuais do biodiesel”.

Em nota, o órgão disse que, apesar de considerar que a decisão confere previsibilidade para que toda a cadeia esteja preparada para entregar o produto e programar seus investimentos, a revisão das especificações deve ser adotada para que elas fiquem “compatíveis com os novos teores, acompanhando a evolução tecnológica dos motores e as metas governamentais de redução das emissões e da abertura da importação do biodiesel”, além de garantir um melhor balanceamento da oferta e demanda, o que fomentará a competição, inovação e eficiência, com potencial impacto positivo em oferta, qualidade e preço ao consumidor.

Além disso, para o IBP, também é necessário o enquadramento regulatório de novas e mais modernas rotas tecnológicas de produção de biocombustíveis ciclo diesel – como o diesel verde (HVO) e a parcela renovável do diesel de coprocessamento produzido nas refinarias, hoje tecnologias utilizadas em nível mundial.

“Estas novas rotas tecnológicas devem ser contempladas nas políticas públicas de incentivo ao avanço dos biocombustíveis como é o caso do mandato de mistura compulsória ao diesel e da elegibilidade para emissão de CBIOs, no âmbito do Programa RenovaBio. Os chamados biocombustíveis avançados apresentam maior estabilidade e são drop-in, isto é, podem ser misturados ao diesel fóssil em qualquer proporção, sem a necessidade de adaptações em infraestrutura de movimentação ou nos motores que utilizam o combustível”, diz a instituição em nota.

Segundo o IBP, o incentivo à produção e ao uso desses novos combustíveis renováveis possibilitaria ao Brasil “não sofrer atraso tecnológico, atingir teores superiores de redução de emissão e contribuiria de forma mais efetiva para reduzir a dependência do país em relação às importações do diesel”.



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